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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Eu sei que vou te amar - Tom Jobim & Vinicius de Moraes




Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

EU SEI QUE VOU TE AMAR - MARIA CREUZA & VINICIUS DE MORAES


Eu Sei Que Vou Te Amar - (1958) Samba-canção Vinícius de Moraes e Tom Jobim Cantam : Maria Creuza e Vinicius de Morais
Vinicius (Marcus Vinícius da Cruz de Melo Morais) é considerado o intelectual brasileiro mais influente e participativo da moderna música popular brasileira; carioca, nascido na Gávea em 19 de outubro de 1913, formou-se em Direito já praticando sua vocação poética; em 1938 obteve bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas em Oxford, na Inglaterra; retornou ao Brasil em 1941, trabalhou em jornais e revistas tendo sido aprovado em 1946 para o Itamarati e em 1946 assumiu o primeiro posto diplomático em Los Angeles como vice-consul; atuou diplomaticamente em Paris e Roma onde frequentou a casa do escritor Sérgio Buarque de Holanda (pai do Chico) então trabalhando na Itália. Em 1953 Araci de Almeida gravou "Quando tu passas por mim", primeiro samba de Vinícius (com Antonio Maria), dedicado à esposa Tati de Moraes; em 1954 sua peça "Orfeu da Conceição" foi premiada no concurso do IV Centenário de São Paulo; em 1956 conheceu Tom Jobim formando-se então a dupla de compositores mais erudita e mais importante da música brasileira da segunda metade do século XX; compuseram juntos a trilha musical da peça "Orfeu da Conceição" com "Se todos fossem iguais a você", "Um nome de mulher", "Mulher sempre mulher" e "Eu e você". "Eu sei que vou te amar" de Vinícius e Tom Jobim é considerado um dos mais bonitos e importantes sambas-canções com inúmeras gravações e muito sucesso até os dias de hoje, registrando com muita felicidade o estado de espírito de quem ama de verdade; não há quem tenha amado e que não adore esta música. Vinícius foi um dos intelectuais que mais participou na interligação entre os sambistas populares de morro e os sambistas de cidade, mais eruditos e mais intelectualizados porém não mais sensíveis; dessa ligação nasceram inúmeras parcerias e músicas históricas.
Vinícius e Tom participaram ativamente do movimento Bossa Nova, um dos mais importantes da música popular brasileira: é da dupla a famosíssima "Chega de saudade" gravada por Elizeth Cardoso no LP "Canção do amor demais", onde João Gilberto tocando violão com sua batida diferente e característica, constituiu-se no marco inicial da Bossa Nova. Compuseram juntos além de "Eu sei que vou te amar" e "Chega de saudade", dezenas de sucessos : "Se todos fossem iguais a você", "Garota de Ipanema" (segunda música mais gravada em todos os tempos no mundo), "Eu não existo sem você", "Água de beber", "Lamento no morro", "Brigas nunca mais", "Canção do amor demais", "O que tinha de ser", "Pelos caminhos da vida", "Mulher sempre mulher", "É preciso dizer adeus", "Chora coração" e muitos outros. Vinicius teve ainda inúmeros outros parceiros, com os quais deixou extensa e magnífica obra musical: Antonio Maria, Carlos Lyra, Baden Powell, Chico Buarque, Toquinho, Edu Lobo, Francis Hime, Marília Medalha, Claudio Santoro, Pixinguinha, Haroldo e Paulo Tapajós. Vinícius é considerado o maior letrista da MPB, pelo musicólogo Ricardo Cravo Albin, quase uma síntese sofisticada de Orestes Barbosa e Noel Rosa; Vinícius fez também sozinho músicas lindas, como "Serenata do adeus" e "Medo de amar" comprovando seu grande talento musical. Foi homem de extrema sensibilidade, amantíssimo, amou e casou-se com várias mulheres, continuando amigo de todas, amigo leal de seus amigos, faleceu no Rio de Janeiro em 9 de julho de 1980.